Skateland trouxe de volta os anos 80

Dirigindo pela primeira vez, Anthony Burns ignorou a superstição dos cinematógrafos iniciantes quanto a não irem a Sundance antes de ter um filme no festival e ele esteve lá no ano passado.

Esse ano ele está de volta com a sua primeira obra Skateland, e ele parece mais do que contente em apresentar o filme – ele parecia quase zen. “Isso parece certo,” ele disse sobre ter um filme estreando em Sundance.

O filme se passa numa pequena cidade do Texas em 1983 é uma história tipo meio-engraçada, meio-angustiante chegando a idade adulta e que poderia ter sido feito por John Hughes. (Não é surpresa que o filme é dedicado a Hughes no final).

Shiloh Hernandez Fernandez interpreta um escritor em desenvolvimento, cuja fase pós-colegial está se estagnando. Ele é o gerente de um ringue de skatismo local prestes a fechar as portas, e a sua namorada – interpretada pela estrela de Twilight Ashley Greene, vai mudar de cidade para ir a faculdade com ou sem ele. Obviamente, o menino terá algumas lições a aprender.

A diversão adicionada ao filme, para aqueles que estavam vivos nos anos 80 pelo menos, fica por conta de todos os detalhes específicos dessa era que aparecem pelos cantos de cada cena. O Gato Guerreiro do He-Man aparece em uma prateleira, o escritor adolescente trabalha em um computado Commodore 64 ligado a sua pequena TV do quarto, e os adolescentes ficam praticando o moonwalk. E isso é sem nem mencionar a trilha sonora, que inclui todos os clássicos dos 80, incluindo A Flock of Seagulls, REO Speedwagon e Talking Heads, entre muitos outros.

A multidão pareceu ter em geral uma reação positiva quanto ao filme, embora uma menina da platéia soltou no final “É legalzinho, eu acho, mas ‘Dazed and Confused’ (no Brasil chamado de Jovens, Loucos e Rebeldes) foi melhor”.