sexta-feira, 25 de junho de 2010

Kristen fala sobre 'On The Road' e Walter Salles

Só em Hollywood : Kristen Stewart sobre ‘os dois garotos’

LOS ANGELES—Talvez Kristen Stewart esteja finalmente se acostumando com a atenção da mídia. Em nossa conversa recente, a estrela da série “Twilight” ainda estava tímida, mas ela parecia mais confortável ao responder perguntas.

Kristen nos deu respostas bem pensadas, algumas vezes se corrigindo no meio de frases. Ela ainda estava séria, mas esse é seu jeito.

E ela estava em seu auge nesse encontro, usando um belo, sexy mini vestido e salto alto.

A atriz parecia muito animada sobre ter sido escalada para “On The Road”, uma adaptação do diretor brasileiro Walter Salles do livro de 1957 de Jack Kerouac sobre a Grande Depressão, que foi listado pela revista Times como um dos 100 Melhores romances Ingleses de 1923 a 2005.

Kristen interpreta Marylou, esposa de Dean Moriarty (interpretado por Garrett Hedlund), o catalisador da maioria dos desenvolvimentos no conto altamente autobiográfico de Kerouac sobre a era da música jazz, poesia beat e flertes com álcool e drogas. Ela está animada para trabalhar com Salles, que também tem “Diários de Motocicleta” e “Central do Brasil” em seu currículo.

Ela também estava feliz sobre a escolha de Bill Condon (“Dreamgirls,” “Deuses e Monstros”) para dirigir “The Twilight Saga: Breaking Dawn,” o quarto e último livro na série best-selling de Stephenie Meyer (que agora será dividido em partes 1 e 2) e o amadurecimento de sua personagem, Bella Swan, na história.

Claramente, ela falou sobre “os garotos,” Robert Pattinson e Taylor Lautner, e sobre beijar o ultimo pé ela primeira vez em “The Twilight Saga: Eclipse,” terceiro filme da franquia.

Diga-nos sobre o filme que você vai fazer.

É “On the Road,” baseado no livro de Jack Kerouac que foi meu primeiro livro favorito na oitava série. É insano [perceber] que eu vou interpretar a esposa de Dean Moriarty. Ela é uma personagem icônica e ele também.

Como você se identifica com o estilo de vida despreocupado, não-conformista da geração Beat?

Não tem nada a ver com rebelião, na verdade. As pessoas que viviam desse jeito eram tipicamente homens. Era mais fácil e muito mais aceitável para eles fazerem isso. Minha personagem é diferente e estranha por querer viver do jeito que ela está vivendo. Mas em um nível muito básico, a história respira jazz… Nenhuma história pareceu tão livre para mim. Também é legal ler sobre isso porque se passa em uma época em que conformidade em massa era a única opção. Ter um livro corajoso sobre esse período é legal e interessante, e até agora, tão longe de qualquer coisa com que eu tenha que lidar. É muito excitante.

Você pode falar sobre Walter Salles?

Walter me contratou baseado em uma reunião que nós tivemos. Nós almoçamos juntos há muito tempo. Foi logo depois que eu fiz “Twilight.” Demorou muito para eles conseguirem fazer com que “On the Road” acontecesse. Eu conversei com Walter de novo recentemente. Ele está muito animado com a fé de todos no projeto. Ele é um dos melhores diretores de filmes independentes. Para um ator, esse é um papel tão cobiçado. Foi engraçado quando ele me chamou. Ele falou, “Muito obrigado. Eu agradeço a sua fé e comprometimento com esse projeto.” Eu falei, “Você está brincando? Eu estou tipo, vibrando – eu estou tão animada.” Eu não consigo parar de falar sobre esse projeto para as pessoas.

Como o seu relacionamento com Robert mudou durante a produção desses filmes?

Considerando que eu fiz todos esses filmes com o Rob, ele se tornou um grande amigo meu. Eu me importo imensamente com Taylor e Rob porque nós estamos em uma situação muito parecida. Nós realmente nos aproximamos. Nós podemos ser honestos. Nós não nos preocupamos em ofender um ao outro…

Como vocês três lidam com a sua situação, já que vocês estão sempre rodeados por paparazzi?

É muito engraçado quando eles caem um em cima do outro porque eles estão correndo de costas para tentar tirar a sua foto. Então quando quer que você me veja muito feliz em uma foto de paparazzi, é provavelmente porque eu estou rindo deles. Os garotos se divertem só porque é engraçado. Mas nós não perdemos tempo com isso, porque só dá às pessoas mais coisas sobre o que falar, e isso acaba com o motivo pelo qual nós os evitamos.

Mas é mais fácil, quando vocês três estão juntos?

É bom porque você se sente intocável, ao contrário de quando você está sozinho
—“Ah, meu Deus, meus ossos estão sendo arrancados agora” (rindo). Mas quando eu estou com os garotos, é mais fácil. É bom ter duas pessoas que estão na mesma situação. Você pode dizer para outras pessoas “Ah, eu estou muito nervosa sobre isso. Vai ser enorme.” Mas os garotos são tipo, livres. Eles falam “Mas isso é excitante. Você não está animada? Você vai estar ótima.” Os garotos são como boa sorte. Eles sabem exatamente o que você está passando. É bom tê-los por perto.

Quais são suas opiniões sobre casamento?

Eu simplesmente não penso sobre isso. Eu acho que eu sou totalmente diferente, porque tem algumas garotas que crescem planejando seus casamentos e mal podem esperar para se casar. Eu não sou assim. Eu tenho uma ótima família. Eu quero ter a minha própria família, também, mas eu não sei com quem eu vou me casar.

Qual foi a cena mais difícil de filmar em “Eclipse”?

A cena mais difícil acontece no topo de uma montanha logo antes de a batalha começar. Bella beija Jacob e foi muito estranho para mim porque, para você poder interpretar você tem que justificar. Do jeito que eu interpreto Bella, não tem uma razão justificável para ela fazer aquilo. Foi assustador porque eu não sabia como isso ia se transformar naturalmente em um beijo. Eu simplesmente nunca entendi isso, eu não consegui compreender trair Edward. Isso é o que foi tão legal nessa cena—que a história inteira realmente me surpreendeu. Ela tenta e ela simplesmente está errada. É absolutamente desejável e é um bom caminho. Ele é definitivamente bom para ela e demorou esse tempo todo e esse beijo para fazê-la ver isso.

E então, cinco minutos depois, ela tem que ir e falar com Edward sobre isso porque ele literalmente ouviu e vir tudo. É muito adulto, muito assustador, uma coisa não tão legal de lidar porque não é tão perfeito quanto ela achou que era. Ela tem sentimentos por mais de uma pessoa. Isso tira a fantasia do tamanho de seu amor por Edward e a vida é assim. É um momento triste, mas é o que é.

Qual foi a parte divertida?

Eu não tive que fazer nenhuma cena de ação. Eu sempre fico com inveja de todas as cenas assim que todos fazem. Foi divertido fazer a cena da barraca entre um gigante sem camisa (Jacob) e uma pessoa pálida pensativa (Edward). Não era para eu saber sobre o que eles estavam falando, mas era para eu filtrar um pouco disso. Eu dizia que se eu ouvisse qualquer parte da conversa eu acordaria – “Sobre o que vocês estão falando?” Então foi divertido ouvi-los conversarem sinceramente um com o outro.

O que você com vontade de filmar em “Breaking Dawn”? Você sente que tem a maturidade?

Nós vamos começar em novembro. Bella se torna uma esposa e uma mãe. Se “Breaking Dawn” seu próprio filme, seria muito difícil interpretar uma esposa e mão tão jovem. Mas porque eu estive com Bella desde que eu tinha 17 anos, tem sido uma progressão. O que é tão legal sobre a série para mim é, demora muito para ela chegar a esse ponto e ela perde muito. E então ela ganha de volta. Ela toma decisões que precisam que você realmente se conheça e confie em si mesma. Ela conquista isso. Ela é muito honesta sobre tudo.

Eu também estou animada porque, ainda bem, eu conheço os garotos tão bem. Vai ser estranho porque eu sou tão jovem, mas eu sinto que Bella é escrita de uma forma tão completa. Ela é uma jovem matriarca. Ela claramente chegou a essa posição. Todas as pistas estão lá. Eu sinto que vai ser legal quando ela ficar grávida e tiver uma filha. É isso o que faz com que ela se agarre a “Agora eu sou adulta.” Quando as pessoas se casam, elas não necessariamente mudam completamente. Mas ter uma filha vai definitivamente mudar Bella. Tudo isso vai ser muito interessante e maluco de interpretar.

O que você achou de Bill Condon dirigir esses próximos dois filmes?

Eu acabei de conhecer Bill. Eu tenho um bom pressentimento sobre ele. Ele é um diretor fantástico e fez ótimos filmes. O jeito com que ele fala de “Breaking Dawn” é muito inspirador e contagiante. Eu estou animada. Mal posso esperar para começar.

Bill estava falando em trazer a série de volta para a primeira pessoa, como “New Moon” e menos como “Eclipse”. Mais “Twilight.” Os livros são a história da Bella. Nós podemos explorar a história ao invés de contá-la o mais rápido possível. Vai ter muito mais nuance. Eu também estou feliz que vão ser dois filmes agora porque nós não vamos perder tantos detalhes como nós tivemos no passado. Bill vai estar por cima de tudo, o que é ótimo. Ele realmente ama os personagens e a história.

Houve muita conversa – ou desejo – sobre você interpretar o papel principal na adaptação Americana do filme “The Girl With the Dragon Tattoo.”

Eu não li o livro ainda, mas todo mundo está me dizendo que eu devia ler. Eu acho que eu vou estar trabalhando quando eles estiverem fazendo o filme. Eu vou estar trabalhando pelos próximos seis meses. Eu tenho “On The Road” e então “Breaking Dawn 1 e 2.” Então, a não ser que eles adiem… mas eles não falaram comigo.

É verdade que você vai estar em uma peça?

Eu adoraria, mas não é verdade. Eu nunca tive nenhuma experiência com isso. Eu tenho outras coisas que eu gostaria de fazer, como fazer meus próprios filmes. Eu adoraria escrever e fazer outras coisas, como trabalhos de caridade.

Mas agora, eu quero focar completamente em ser atriz. Quando eu era mais nova, eu sempre dizia, “Eu vou fazer outras coisas. Eu vou para a faculdade. Eu vou fazer isso.” Mas não, eu sou uma atriz. É isso o que eu adoro fazer.


Tradução: Foforks

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