MONTREAL – Estamos sentados em um típico café na área de Little Italy, o chão de cimento amplificando o barulho da máquina de cappucino e dos velhos homens fofocando em um mesa do fundo, quando um jovem se aproxima e diz que ele acha que conhece Rachele Lefevre
A atriz nascida em Montreal e com base em Hollywood lida bem com isso, mesmo quando ele se senta não-convidado na nossa mesa; ela é graciosa e doce, perguntando se eles já se conheceram. Ele não se conheceram antes. O óbvio é deixado sem ser dito: ele provavelmente a reconhece de Twilight, a imensamente popular franquia de filmes sobre vampiros na qual Lefevre interpretou a maléfica Victoria nos primeiros dois filmes. Bem-vindos ao lado ruim da fama em sua forma mais benigna: uma pequena intrusão na vida cotidiana.
Lefevre, 31 anos, estava na cidade nesse verão para Eyes Wide Open, o extravagante baile de máscaras para benefício do Museu de Finas Artes de Montreal. Ela concordou em ser modelo para nós e conversar sobre fama, filme e fashion.
Mas ela não é tão famosa assim, particularmente pelos padrões de L.A, disse Lefevre, que se mudou para Califórnia 6 anos atrás. E existe uma diferença entre fama e celebridade, na qual você é conhecida simplesmente por quem você é. O que realmente a incomoda é ser interpretada de forma errada, colocarem palavras em sua boca e ser seguida por câmeras.
“Eu não gosto de ser fotografada na vida vida cotidiana, mas é uma realidade. Apenas mantenha sua distância e deixe que te vejam,” ela disse sobre os paparazzis.
Mas a franzi de fãs adolescentes e notariedade de Twilight estão no passado de Lefevre agora.
Ela tem 3 projetos terminados e para estreiar em breve: o drama político Casino Jack, com Kevin Spacey; o thriller The Caller, com Steven Moyer; e Barney’s Version, que estreiou no Venice Film Festival e foi mostrado no TIFF domingo, baseado no livro de Mordecai Richler e com um elenco impressionante, incluindo Paul Giamatti como Barney Panofsky.
Montreal é parte de sua própria história. Ela é uma verdadeira nativa, vivendo por toda a região: em Notre Dame de Grâce, Nuns’ Island, Rosemère, Snowdon, no centro, Côte St. Luc e na cidade de Mount Royal.
E para respeitam a herança francesa de seu pai como também fazer seus avós judeus felizes, ela foi dada o nome de Rachelle, que funciona nas duas culturas.
Em Barney’s Version, Lefevre interpreta Clara, a problemática primeira esposa de Panofsky. Tudo sobre o papel é uma felicidade para ela: primeiro, por ela ser de Montreal, por ser uma história escrita por Richler rica com fatos de Montreal, que é produzida por Robert Lantos, com quem ela trabalhou em Fugitive Pieces, e o personagem que ela interpreta é tão frágil e perturbada.
“Ela não poderia estar prejudicada ao ponto de não ser desejável,” diz Lefevre, adicionando sobre o personagem, “ela faz tudo para esconder sua fragilidade, então ela é exagerada e extrovertida. Ela se torna a maior presença em um lugar, então você não pode evitar ser atraído para ela.”
Lefevre não fala sobre a instabilidade mental de Clara: “Eu sou relutante em dar uma diagnose à ela porque Mordecai nunca o fez.” E o elenco: Rosemund Pike, Minnie Driver e Dustin Hoffman também estão no grupo. “Não posso acreditar que meu nome está ao lado dessas pessoas.”
O personagem de Barney, ela diz, é um amável homem que não confia em ninguém, rodeado por artistas em Roma – o livro passa em Paris – “E ele quer muito ser um deles, mas não é. Ele é um sensível judeu de Montreal que é um empresário.”
“O que eu amo sobre Montreal – as escadarias – você não vê em nenhum outro lugar, e toda a cultura francesa.”
“Foi mágico ver a forma que ele escreveu sobre Montreal na época que eu ainda estava morando lá. Tinha um verdadeiro senso de história para mim.”
Lefevre é uma verdadeira fashionista, passando pelas araras de roupa para a sessão de fotos com olho profissional e posando para a câmera também como uma.
Ainda assim ela confessa ter uma personalidade dividida com estilo da Califórnia. Na entrevista em Little Italy ela usou uma camiseta cinza e skinny jeans; em casa, ela diz, seu uniforme é uma camiseta branca e jeans.
“Eu não amaria tanto meu jeans se eu não saísse dele de vez em quando,” ela diz.
E ela também não gostaria de estar produzida todo o tempo. Isso envolve alguns nomes bem finos em fashion, incluindo Stella McCartney – “Eu sou obcecada com os anos 80 e ela também.” Também Bottega Veneta, que “sempre fica perfeito”, fantástico – Louis Vuitton; e outra obsessão: Balmain, para quando ela está se sentindo atrevida e ousada.
“Algumas vezes, como toda mulher, eu apenas gosto de me sentir bonita e delicada,” ela diz.
Apesar de seu olho agudo e talento para posar – ela dá aquelas clássicas poses fashion com os ombros curvados, olhos abertos olhando distante, rosto neutro – com a facilidade de qualquer modelo profissional, Lefevre diz que ela sente que não é boa com ter sua foto tirada.
“Eu amo fashion, e as sessões de fotos, ter seu cabelo e maquiagem feitos, toda coisa divertida de se arrumar e o lado glamuroso disso – é uma vantagem muito divertida do trabalho.
“Mas tem algo sobre ficar parada ou estar em um lugar bem fechado, quando é só você e câmera. Isso me faz sentir auto-consciente.”
“Quando estou na frente de uma câmera estou pensando sobre um milhão de outras coisas, pensando sobre outro ator, cena, estou vivendo isso.”
Tradução: Foforks
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