Que cena te deixou mais nervoso nas filmagens de Amanhecer?
Me dá um pouco de vergonha dizer, mas o que mais me dava vergonha era tirar a minha camisa. No livro há muitas partes dedicadas ao corpo de Edward e eu consegui evitar ter que tirar a roupa durante quase toda a série, porque eu diria que no livro isso acontece a cada três páginas (risos) mas chegou um momento em que não fazia sentido estar de camisa se estava no mar.
Gostou de filmar no Brasil?
Sim, na verdade foi bonito e diferente. As filmagens nesse país foram definitivamente muito interessantes. Uma das coisas curiosas sobre ter fãs em todo o mundo é que cada país tem uma reação diferente para você e para o filme. Quando você está gravando no Canadá ou nos Estados Unidos as pessoas tentam fotografar, nas ruas do Brasil literalmente as pessoas tentam agarrar. Também acontece no set enquanto você está filmando (risos).
Os brasileiros foram calorosos?
São muito apaixonados. Havia umas 400 pessoas fora do nosso hotel no Rio que não deixavam de gritar “Rob! Kristen!” todo o tempo até às 3h da madrugada. Pararam às 4h porque era óbvio que precisavam dormir um pouco e depois disso voltaram a gritar. Quando estavam todos calados olhávamos pela janela e eles continuavam de pé, só que em silêncio, silêncio que durava muito pouco. Foi incrível.
Conte-nos algo mais sobre Kristen.
A única coisa que gosta de ver na TV é o canal de culinária, inclusive quando está no set, geralmente assiste enquanto está no trailer de maquiagem, é seu único comportamento de diva, (risos) colocar sempre no canal de culinária em todas as horas e em todas as TVs.
Que papel você acha que Crepúsculo tem desempenhado em nossa sociedade? Que importância tem?
Acho que qualquer coisa que incentive os jovens a ler é importante. Foi a mesma coisa que aconteceu com Harry Potter. É incrível, esta saga mudou tudo completamente. Não lembro o que os garotos falavam sobre livros antes, o gênero jovem adulto da literatura era muito menor antes de Harry Potter e Crepúsculo.
O que você nos diz sobre os filmes?
Com eles também mudou o fato de que fariam filmes para uma audiência feminina. Eu não acho que as coisas mudaram em nada ainda, mas deixou o pessoal da indústria ciente de que as mulheres, elas por si sós, são um público legítimo para os filmes. Acho que antes a indústria estava convencida de que os únicos que iam aos cinemas eram garotos adolescentes e todas as coisas eram dirigidas a eles.
Você seria um fã da saga se não estivesse nela?
Eu não sei. É engraçado, porque sou um pouco antisagas, gosto de apoiar os projetos pequenos. Embora talvez seja um pouco triste dizer, eu acho que gostaria desses filmes,porque possuem algo distinto e estranho. Embora eu não esteja muito certo em entender o motivo pelo qual todo mundo fica louco por ela.
Você gostaria que os fãs deixassem de te dar tanta atenção e de estarem obcecados em você?
A única coisa que me incomoda disso tudo de quando se é famoso é que o número de pessoas que odeia você é o mesmo de fãs. No entanto, se você nunca chegar a ser grande ninguém vai ouvir sobre você. Lembro que antes de Crepúsculo, havia algo sobre mim na internet, todos eram comentários positivos, mas quando sua imagem satura os meios de comunicação isso acaba deixando as pessoas loucas. Não sei por que. Essa é a única coisa que me incomoda. A coisa boa sobre os fãs de Crepúsculo é que se fazem ouvir muito e são muito protetores. Sempre tem um exército de pessoas te defendendo.
Então você gosta de ver o que dizem sobre você na internet?
Às vezes, mas o faço para fins práticos. De repente penso que fiz algo estúpido e me dá a curiosidade de saber o que andam comentando a respeito, para ver se tenho que dar outra entrevista para explicar. Se trata de controlar o dano que poderia ter causado.
O que é o melhor da fama?
Estou vivendo uma vida que jamais imaginei existir. Isso pode atrasar por muito tempo o fato de se tornar adulto, mas não deixa de ser divertido. Você pode conhecer gente interessante. Há poucos empregos onde as pessoas realmente amam o que fazem. É fantástico ir trabalhar a cada dia e sentir que as pessoas estão tão empolgadas com isso e acham que você está fazendo algo grande.
Fale-nos sobre Bear, seu cãozinho.
Eu o encontrei em Baton Rouge, dois dias antes de irmos. Desde então ele me acompanha por todos os lados, talvez tenha estado em mais lugares do que pessoas normais. Ele viveu em Los Angeles, Vancouver, Toronto, Nova Iorque e Arizona.
É um gesto muito humano para um vampiro, não acha?
Queria ter um amigo que não pudesse falar (risos).
Inevitavelmente nosso tempo acabou. Rob foi muito amável ao se levantar para se despedir e nos agradecer sobre a entrevista. O melhor deste encontro foi na saída, quando encontramos Bear que acabava de dar um passeio pelo hotel.
Tradução: Foforks
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