sexta-feira, 20 de julho de 2012

O Diário de Renesmee IV: Capítulo 5


'O Diário de Renesmee IV' é a continuação da fanfic ‘O Diário de Renesmee’ 'O Diário de Renesmee II e III', e não tem nenhuma ligação com as mini fanfics ‘Tudo o que você sempre quis saber da Família Cullen’ ‘Emmett ensina travessuras a Nessie’.



É indicado que antes de ler esta fanfic você já tenha lido 'O Diário de Renesmee I''O Diário de Renesmee II' e 'O Diário de Renesmee III'.

Sobre os erros de português : Pedimos desculpas pelos erros de português que encontrarem na fanfic e fazemos o máximo possível para arrumar esses erros. Porém, como ninguém é perfeito, pode ser que ainda tenha alguns erros na fanfic.

Sobre ser lançado um livro com a fanfic: A fanfic é baseada na história da Stephenie Meyer e os direitos autorais são todos dela. Não podemos lançar um livro com a fanfic e não temos intenção nenhuma de fazer isso.

Sobre os capítulos : Os capítulos serão postados por semana, e qualquer imprevisto avisaremos nas redes sociais.

Abraços,
Anielle, Melissa e Dhayane.




Capítulo 5
Recomeçando
Narrado por Renesmee




O dia na universidade foi mais tranqüilo do que imaginei. Depois de me despedir de Jacob com um selinho, seguimos para nossas aulas. Os alunos do curso de Direito eram simpáticos, e alguns sorriram pra mim dando-me boas vindas. As aulas eram interessantes e apesar de ser meu primeiro dia, eu já tinha várias pesquisas e livros para ler.

No horário de almoço, eu e Jacob nos reencontramos. Ele me resumiu um pouco de suas aulas, e eu senti que ele estava feliz por recomeçar a estudar. Eu me sentia culpada, quando era criança, por ele ter parado de estudar para acompanhar meu crescimento, mas agora nós podíamos conquistar isto. Fomos comprar o nosso almoço, quando eu, distraidamente, derrubei a bandeja de um rapaz moreno e alto.

- Meu Deus! – Eu tentei ajudar o rapaz a arrumar a bagunça, mas acabou ficando ainda pior.

O rapaz sorriu para mim, e não se importou com o fato de eu ter arruinado o almoço dele. Ele seguiu de novo para a fila, provavelmente para comprar um novo almoço.

Jacob, é claro, riu de toda a situação. E acrescentou um sussurro em meu ouvido de “como eu era parecida com minha mãe, até nas atrapalhadas coisas da vida”. E eu estava me sentindo um tomate vermelho ambulante, todos olhavam para mim... Que mico logo no primeiro dia!

- Me deixe pagar um novo almoço para você. – Eu disse ao rapaz. Era o mínimo que eu poderia fazer por ele.

- Tudo bem. – Ele sorriu. – Eu me chamo Tyler Matthew.

- Renesmee Black. - Ele ofereceu a mão para mim, e eu apertei.

Enquanto esperávamos na fila, ele me perguntou qual curso eu estava fazendo e me contou que era o segundo ano dele em Direito. Ele me deu várias dicas sobre o primeiro ano na universidade, sobre as festas, os professores...


Por fim, eu paguei um novo almoço e uma sobremesa para o Tyler e fomos nos sentar em uma mesa cheia de gente. Tyler sentou-se ao lado de Jacob.

- Tyler, este é Jacob Black, meu marido. – Eu disse, fazendo as apresentações. – E Jacob, este é Tyler Matthew.

Os dois deram um aperto de mão, e já começaram a conversar. Eu fiquei quieta observando a todos. Tyler parecia o tipo de cara popular na universidade, e todos queriam a atenção dele, mas agora ele parecia interessado na conversa com Jacob.

- Nessie. – Jake me chamou atenção. – Tyler também gosta de consertar carros e motos.

- Sério? – Perguntei, surpresa.

- Claro! – Tyler respondeu. – Só não fiz engenharia mecânica igual a Jacob porque meus pais querem que eu seja um advogado.

Tyler ficou com uma expressão triste ao admitir isto, e eu percebi que apesar dos trinta minutos de conversa, Jacob e ele já tinham interesses em comum.

Comi quieta, tentando adivinhar qual era o nome daquelas pessoas na mesa e se eles gostariam de mim e de Jacob. Fiquei tentando imaginar se alguns deles poderiam virar nossos amigos, até que Tyler me chamou.

- Renesmee. – Eu olhei para ele e Jacob. – O que acha de irmos a uma festa hoje?

- Festa? – Eu exclamei. Uma festa seria ótima, mas eu estava em dúvida se seria uma boa idéia.

- Sim, uma festa. Você e Jacob adorariam ir a uma das festas da faculdade, inclusive a festa de inauguração do curso de Direito. Conhecer algumas pessoas, se divertir.

Eu olhei para Jacob em dúvida, mas ele sorriu. Jake piscou para mim e disse à Tyler que adoraríamos ir.


Meu primeiro dia na universidade foi ótimo. Além de Tyler, conhecemos duas novas pessoas: Lucy, uma garota que estava nas minhas aulas de sociologia, e Victor que era um amigo em comum de Tyler do segundo ano de Direito.

Eu e Jacob chegamos em casa cansados. Eu li um pouco do meu livro sobre direitos penais, e enquanto Jacob tomava banho, eu preparei nosso almoço. Fiz uma lasanha a bolonhesa, e deixei no forno. Aproveitei meu tempo livre para ligar para minha mãe e contar sobre meu primeiro dia como uma universitária.

- Oi, querida! – Ela me atendeu prontamente, e começou suas perguntas sobre o meu dia.

Eu lhe contei tudo. Sobre o curso, as matérias, as aulas, os professores, os colegas...

- Então quer dizer que você derrubou a bandeja do rapaz?! – Ela gargalhou. – Isso me faz lembrar-se dos meus desastres quando era humana. Ah, eu pensei que você tinha herdado toda a delicadeza do seu pai, que está aqui ao meu lado rindo!

- Mande um beijo pra ele e diga que eu o amo. – Eu disse. Estava morrendo de saudades de meu pai.

- Sim, ele está aqui me apressando para poder falar com você. – Ela riu. – Vou passar o celular para ele. Tenha uma boa semana, querida. Mande um abraço para Jake!

- Obrigada, mãe. Eu mando sim. Amo você!

- Eu também te amo, Nessie.

Ouvi algumas risadas e alguns sussurros entre meu pai e minha mãe, e finalmente, meu pai veio falar comigo.

- Oi, minha princesa. Fico feliz que tenha gostado da universidade. – Ele disse.

- Sim, eu adorei. – Sorri.

- Estou com saudades! – Meu pai disse, e eu poderia imaginá-lo do outro lado da linha fazendo um biquinho.

- Eu também estou, mas logo vocês estarão por perto. Pai, coloque no viva-voz, esqueci de contar-lhes uma coisa.

- Tudo bem, querida. – Ele acionou o viva-voz e logo eu podia ouvir a voz da minha mãe.

- O que foi, Nessie? – Minha mãe estava curiosa sobre o que eu queria contar.

- Eu e Jacob temos alguns colegas, e eles nos convidaram para uma festa hoje à noite.

Apertei meus lábios, enquanto esperava a reação exagerada de meus pais e respostas como ‘nem pensar’ e ‘vocês estão ficando loucos?’.

- Divirtam-se e tomem cuidado, Renesmee. – Minha mãe foi a primeira a se pronunciar.

Ouvi meu pai resmungar para ela do outro lado da linha, em seguida ele foi bem objetivo em sua resposta.

- Acho que não é uma boa idéia. Porém, Jacob tomará cuidado, não é? – Ele confiava em Jacob para tomar conta de mim, ainda sim, preferia fazer o “serviço” por si só. - Jacob está sendo um bom marido?

Assim que meu pai perguntou de Jacob, o mesmo veio até a cozinha e abraçou minha cintura ouvindo o que eu iria responder.

- Claro. Ele seria louco se não fosse. – Eu ri, e ele me abraçou mais forte.

- Que bom! Fico feliz por vocês estarem bem, se precisarem de qualquer coisa é só ligar. Estaremos sempre aqui. – Meu pai poderia ser muito protetor, mas ele estava feliz se eu estivesse feliz.

- Tudo bem, pai. Preciso desligar e ir tomar um banho antes que Jacob coma toda a lasanha que eu fiz. – Meu pai riu.

- Ok. Tchau, filha.

- Tchau, pai. Te amo. – Desliguei.

Jacob ficou me encarando com uma expressão engraçada, até que eu perguntei o que estava acontecendo.

- Então eu estou sendo um bom marido? – Ele me perguntou.

- Sim, um ótimo marido. – Beijei-o e segui para o meu banho.

Depois de comer a lasanha, a qual Jacob disse que estava muito boa, me arrumei para a festa. Como não sabia o que vestir, decidi seguir o conselho da Alice de ir com o famoso ‘pretinho básico’ e um lindo colar de diamante.

- Você está linda. – Jacob me disse. Ele estava vestido com uma calça social e uma camisa bege, que destacava sua pele morena.

- Você também está, amor. – Respondi.


Já na festa, Jacob e eu fomos apresentados a todos que estavam junto com Tyler. Havia uma menina loira e de olhos azuis chamada Kate Hilton que estava no curso de Direito também, um rapaz de cabelos pretos e pele branca chamado George Smith que estudava Administração, e Lucy e Victor que já nos conheciam. E o irmão mais velho e hostil de Tyler, Marcus, que nos ignorou quando o cumprimentamos.

- Não liguem. Marcus está passando por uma fase difícil. – Tyler nos disse, e pediu desculpas. Ele também nos contou que seu irmão mais velho havia repetido o último ano da faculdade de Medicina e por isso estava ouvindo broncas e mais broncas dos pais deles.

A festa estava divertida, eu e Jacob recusamos as bebidas que nos eram oferecidas, porém a maior parte dos jovens na festa estava bêbada.

- Vocês são casados há quanto tempo? – Kate nos perguntou. Ela parecia estar interessada na nossa vida além da conta.

- Alguns meses. – Respondi.

- Por que se casaram tão jovens? – Ela continuou querendo saber mais.

- O amor nunca pode esperar. – Jacob respondeu, e ela fez uma careta como se desaprovasse meu relacionamento com Jacob.

A primeira impressão é a que ficou sobre a loira chamada Kate. Ela e eu não nos tornaríamos amigas (ou não tão cedo assim), só nos toleraríamos por causa de Tyler e seus amigos. George era o piadista legal da turma, sempre fazia as pessoas rirem. Lucy era tímida demais para ter uma conversa por horas, e sempre ficava calada e concordava com tudo que Victor dizia, o que me fez achar que ela apaixonada por ele. Tive certeza disso depois que os dois se olharam de forma apaixonada, mas logo abaixaram a cabeça por causa da timidez.

O assunto rendeu normalmente, nossos amigos recentes perguntavam sobre nossas vidas. A mentira, desta vez, era que viemos de Houston e nossa família estava resolvendo a burocracia da mudança e iria vir em breve para cá.

Também lhes contei sobre meus pais, Esme e Carlisle, e sobre minha irmã Bella e meus irmãos adotivos Alice e Emmett. Minha mãe teria de ser minha irmã biológica, justamente, por causa de nossa semelhança. Resolvi não contar sobre os companheiros deles, Edward, Jasper e Rosalie. Era melhor ir aos poucos. Jacob também contou algumas mentiras, como seu irmão Seth e namorada dele, Melissa. Ele acrescentou que Seth e Melissa também estudariam na Universidade de International Falls e Tyler disse que se Seth fosse tão legal como Jacob, ele já gostava dele.

Os amigos de Tyler eram legais conosco, e nos receberam muito bem. A outras pessoas olhavam com curiosidade, algumas com desprezo, mas o mais importante era que eu e Jacob conseguimos nos misturar a noite toda sem despertar nenhum tipo de problema.

- Uau! Conseguimos! – Eu dei um gritinho, quando chegamos a nossa casa e estávamos no quarto colocando o pijama.

- Claro. – Jacob riu. – Somos melhores que seus pais nisso.

- Falando neles, acho melhor avisá-los que estamos bem. Vou mandar uma mensagem de texto.

- O que você acha de sairmos amanhã para comemorar? – Jacob estava me convidando para sair, e eu aceitei, é claro.



Eu estou muito feliz, ultimamente, sempre amei Jake e parece que meu amor por ele só aumenta a cada dia.

Sempre tive uma vida difícil com responsabilidades que alguns não saberiam como lidar, e me senti confusa quando criança, várias e várias vezes. Lá no fundo, eu era apenas uma criança crescendo em ritmo acelerado e com cara de mais velha. Hoje me sinto mais mulher, mais confiante. E uma grande parte disse é culpa de Jacob que me faz seguir em frente dia-a-dia com seu amor e devoção por mim.

É por isso que eu admirava cada gesto que ele fazia por mim. Como por exemplo, uma coisa boba como me chamar para jantar, tão rotineira entre os casais, era o que eu adorava. Eu esperava retribuir algum dia tudo o que Jacob fez por mim quando eu era criança e tudo o que ele me proporciona agora.

À noite, me arrumei para jantar com Jacob. Estávamos caminhando de mãos dadas na rua quando eu olhei para ele, de uma forma indiscreta, e ele percebeu. Eu fiquei sem graça.

- O que foi, amor? – Ele perguntou, tentando desvendar o que eu pensava.

- Nada, Jake. – Eu disse, mas mudei de idéia. – Não se sinta convencido com o que eu vou falar, mas tenho muita, muita sorte por ter um marido dedicado, atencioso e lindo.

Ele gargalhou e eu fiquei vermelha. Alguns elogios poderiam ficar só na minha cabeça, de vez em quando. Caminhamos um silêncio para o restaurante.

Eu fiquei surpresa com o lugar para onde Jacob me levou para jantar, era lindo. Chique, mas discreto. Este era o nosso primeiro jantar romântico em International Falls.

O garçom chegou, e eu disse para Jacob escolher nosso pedido. Ele me surpreendeu ao escolher um ótimo vinho e um estrogonofe de frango com cogumelos.

- Ótimo pedido! – Elogiei.

- Que bom que você gostou! – Ele sorriu, orgulhoso de si.

- O que está achando da faculdade? – Perguntei.

- Bacana. – Ele sorriu. – Sinto que vou ter alguma dificuldade com cálculos matemáticos, mas nada que você não possa me ensinar.

- Claro, se eu puder ajudar será ótimo. E os seus amigos?

- Nossos amigos, ao que parece. – Jacob me corrigiu. – Eles são bem legais. Menos aquela loira com cara de nojenta.

Eu ri, compartilhávamos da mesma opinião sobre Kate.

- Ela não foi com a minha cara. – Eu disse.

- Uma das coisas que eu aprendi nessa vida, é que um dos motivos para uma mulher não gostar da outra é pura inveja. Você é linda, Ness. Muito mais linda que ela.

Eu ri, envergonhada. Jacob me beijou suavemente, mas o garçom chegou interrompendo.

- Não podemos aproveitar totalmente à noite, já que amanhã temos aula. – Eu disse, apontando para o vinho e fazendo um biquinho.

- Desde quando você gosta de beber a garrafa toda? – Jacob riu, brincalhão.

- Eu continuo não bebendo, Jake. – Eu ri. – Mas este que você pediu é um dos melhores vinhos, sabia? Daqueles vinhedos da Itália e tudo mais...

- Então levaremos para casa. – Sorrimos um para o outro.

Jacob pediu nossa sobremesa, um petit gateau. Ele me confessou nunca ter comido, e eu disse que mal podia esperar e que ele ficaria viciado logo.

O jantar foi uma delícia, não só a comida, mas as conversas, os sorrisos, as carícias... O caminho de volta para casa parecia bem tranqüilo, com uma brisa leve de vento frio batendo em nossos corpos e Jacob tentando me aquecer.


Eu fiz uma retrospectiva no caminho. Fechei os olhos, e pensei em cada momento bom, separando-os em ‘antes do casamento’ e ‘depois do casamento’. A categoria ‘depois do casamento’ ganhou porque tudo era bom demais para ser verdade. Senti falta da minha família, já fazia algum tempo que não os via, mas meus pensamentos foram interrompidos quando chegamos a nossa casa. 

- Jacob, você trancou a porta? – Eu perguntei, notando que a porta estava encostada. Eu não conseguia me lembrar de ter visto Jacob trancá-la e não sabia se era falta de memória ou as duas taças de vinho consumindo meus pensamentos. 

- Claro. – Ele respondeu como se fosse algo óbvio, e depois deu uma respirada profunda, tentando descobrir algo. 

- Está aberta. – Jacob entrou na minha frente, dando uma olhada geral na nossa sala e tentando ouvir cada som. Quando ele virou-se para mim, levei um susto, a expressão de Jake era quase irreconhecível. Eu nunca o vira assim tão abismado. 

Meus sentidos vampirescos ficaram aguçados. Meu ouvido estava mais sensível e eu não detectei nenhum cheiro diferente na casa, só de couro falso e terra molhada. 

Eu senti medo, um medo que me dominou aos poucos. Jake estava na minha frente o tempo todo, me protegendo de algo que não sabíamos o que era. 

Nossa casa estava toda revirada, tudo espalhado, como se alguém tivesse procurado algo. No nosso quarto havia roupas espalhadas pelo chão e as gavetas vazias abertas. Na cozinha, tudo estava fora do lugar e o vidro da janela estava quebrado. A sala era o lugar mais arrumado, mas ainda sim as gavetas estavam abertas. 

- Quem fez isso? – Eu estava ofegante, mas só percebi quando ouvi o tom da minha voz. 

- Eu não faço idéia, Renesmee. – Ele respondeu, o tom de voz tão nervoso quanto o meu. 

- Porque ou pra que alguém faria isso?! – Nada fazia sentido agora... 

- Eu não sei, mas eu não vou deixar essa pessoa nos incomodar. – Ele veio perto de mim, e me abraçou com força. 

Eu retribuí o abraço, talvez com força demais, mas me senti protegida. Por algum motivo, ainda me mantive por perto dele para me proteger. Meu medo se manteve firme lá no fundo, então apertei ainda mais forte Jacob, com medo de perdê-lo. 

O suspense me dominava, mas resolvi que eu precisava avisar minha família. Então liguei imediatamente para o celular da minha mãe: 

- Mãe? – Queria ouvir a voz da minha mãe mais do que tudo neste momento. Queria ouvir a voz dela de que tudo daria certo e que eu estava segura. 

- Nessie? É a Alice. – Ouvi a voz de sino de Alice, e comecei a surtar de preocupação. Onde estavam meus pais? - Seus pais foram caçar. 

- Alice, preciso falar com você. É urgente! – Eu ainda não sabia o que explicar, mas daria um jeito de contar o que havia acontecido. 

- Claro. O que houve? Você parece tensa. – Ela percebeu o tom de minha voz, e parecia inquieta por não conseguir ver o meu futuro e de Jacob. 

- Eu ainda não entendi bem o que aconteceu. Resumindo tudo, eu e Jacob saímos e quando voltamos percebemos que nossa casa foi revirada. Não sei quem foi, mas preciso que avise meus pais. 

- Vocês estão bem? Foi um roubo? – Ela perguntou, e por trás da voz dela eu podia ouvir minha família comentando sobre o acontecido. 

- Mais ou menos, eu estou um pouco assustada. – Confessei. 

- Me deixe falar com Jacob. – Passei o telefone para Jake, e me mantive por perto para poder ouvir a conversa. 

- Como não viu isso, Alice? – A voz dele se transformou em modo alfa. Ele franziu a testa quando Alice respondeu sua pergunta. - Avise Edward o mais rápido que puder. – Alice disse mais alguma coisa para ele, e depois eles se despediram. 

Jacob desligou o telefone. E depois começou a trancar as portas e janelas de nossa casa. 

- O que vamos fazer agora? – Perguntei a Jacob. 

- Provavelmente, quem fez isso estava procurando por algo. Vamos tentar organizar as coisas, por enquanto. 

- Tudo bem, Jake. – Eu tentei pegar algumas coisas da cozinha e fechar as gavetas da sala, mas estava muito eufórica para fazer alguma coisa. 

Eu e Jacob subimos para o quarto. Meu armário estava desarrumado e minhas roupas jogadas no chão. 

- Vamos ficar aqui. Não irei dormir esta noite, e posso escutar se alguém estiver vindo. – Jacob disse. 

- Acha que é a melhor idéia? – Eu perguntei. – Se alguém está procurando por nós, irá voltar. Acho que seria melhor se fossemos para outro lugar... 

Meu celular tocou, e eu levei um susto. Desci, com Jacob atrás de mim, e peguei-o na mesinha da sala. 

- Alô? – Era o número de minha mãe, porém não sabia quem estava falando. 

- Nessie, Nessie. – Minha mãe repetiu meu nome duas vezes, assustada. – Está tudo bem? O que houve? 

- Mãe, eu estou bem. – Tentei tranquilizá-la. – Nossa casa foi invadida. Tudo está fora do lugar, nós estávamos na festa e não vimos quem fez isso. 

- Levaram alguma coisa? – Ela perguntou. 

- Eu acho que não, mas parece que estavam procurando por algo. 

- Há algum vestígio de vampiro ou alguém que vocês conheçam? – Ela fazia as perguntas rápido demais, como se estivesse procurando alguma resposta para aquele desastre. 

- Só cheiro de terra molhada e couro falso, o resto eu não consegui identificar, mas não acho que seja um vampiro. Jacob acha melhor ficarmos aqui, mas acho que pode ser perigoso. 

- Estamos arrumando as malas. – Ela me disse. – Eu e seu pai, e nossa família estaremos aí o mais rápido possível. 

- Tudo bem. – Ela desligou, e eu sentei no sofá. 

- O que ela disse? – Jacob perguntou. 

- Que está vindo para cá. – Respondi. – Acho melhor esperarmos por aqui. 


Fomos para o meu quarto, novamente, Jacob pegava nossas roupas do chão e as cheirava, tentando encontrar alguma coisa. Ele foi até o cofre que ficava no escritório, e percebeu que tinha algumas digitais. 

- Quem entrou aqui procurava por dinheiro, mas não conseguiu nada no cofre. – Ele analisou. – Nessie, olhe suas jóias. 

Fui até o quarto, sentei-me, e peguei o pequeno baú onde guardava minhas jóias e bijuterias, parecia tudo intacto, até eu perceber que havia sumido a única coisa que eu nunca usava: o colar que os Volturi deram a minha mãe. 

- Jacob. – Chamei-o. – O colar que de minha mãe não está aqui. 

Ele olhou para mim com uma expressão familiar, quase a mesma que meu pai faz quando tenta ouvir os pensamentos de minha mãe. Ele ficou paralisado por um momento, mas depois se sentou ao meu lado na cama e disse: 

- Será que alguém veio até aqui só para levar o seu colar? – Ele me perguntou. 

- Parece que sim, é a única coisa que sumiu. 

- Só quem sabe da existência desse colar somos nós, sua família e... Os Volturi. – Ele terminou a frase com um sussurro, mas eu não me espantei em ouvir aquele nome. Meu corpo se arrepiou, e eu abracei Jacob. 



Passamos a madrugada em silêncio, e eu ansiando cada minuto pela chegada de meus pais. Jacob pegou um salgadinho para comermos no quarto, e eu recusei. Nada conseguia chamar minha atenção, nem mesmo comida. 

Tudo o que se passava na minha cabeça era um déjà vu daqueles dias que eu era apenas uma criança e os Volturi me queriam. O medo de minha mãe, todos aqueles vampiros nos ajudando, Jacob ao meu lado, os Volturi chegando para matar minha família com os mantos pretos, as despedidas... 

A única coisa que me fez sair do lugar foi as duas batidas familiares na porta. Corri para abrir, e me joguei nos braços de minha mãe e meu pai, enquanto eles entravam em nossa casa. Eles me acalmaram, e eu me senti segura. 

O meu temor se transformou em raiva, esperança, dúvida... Tudo junto. O que estava acontecendo? Quem estava causando isso? Por quê?


Esperamos que gostem e comentem
Abraços!

10 comentários:

  1. Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii esse capitulo.Só esse não todos.Não vejo a hora de ler o capitulo 6.Quando é que sai?Há,vocês estão de parabéns,o blog é ótimo.

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    1. Obrigada, ficamos felizes por você gostar da nossa fanfic!

      O capítulo 6 sairá esta semana :)

      Abraços!

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  2. Esta d++++++++++!!!
    Quero o proximo capitulo ja!rsrsrs
    muito bom!

    Ass: Denise.

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  3. caramba... nao parava de ficar roendo as unhas para saber o final da historia...
    parabens voces captaram bem o espirito da stephenie e tenho que dizer... a fanfic esta incrivel!!!! vou publicar sbre voces no meu blog, se quiserem visitar, é:
    www.clown-drop.blogspot.com

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    1. Obrigada, ficamos muito felizes!

      Ok, vamos ficar de olho para ver sua postagem no blog :) Se puder, nos avise assim que publicar!

      Abraços!

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  4. Muito legallll! By: Carolayne rodriguez

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  5. onde está o capitulo 6?

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    1. Olá!

      O capítulo 6 está atrasado, assim como avisamos no facebook e no orkut. Não se preocupe, pois esta semana será postado!

      Abraços!

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