quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O Diário de Renesmee IV: Capítulo 16 - Parte I

O Diário de Renesmee IV' é a continuação da fanfic ‘O Diário de Renesmee’ 'O Diário de Renesmee II e III', e não tem nenhuma ligação com as mini fanfics ‘Tudo o que você sempre quis saber da Família Cullen’ ‘Emmett ensina travessuras a Nessie’.


É indicado que antes de ler esta fanfic você já tenha lido 'O Diário de Renesmee I''O Diário de Renesmee II' e 'O Diário de Renesmee III'.

Sobre os erros de português : Pedimos desculpas pelos erros de português que encontrarem na fanfic e fazemos o máximo possível para arrumar esses erros. Porém, como ninguém é perfeito, pode ser que ainda tenha alguns erros na fanfic.

Sobre ser lançado um livro com a fanfic: A fanfic é baseada na história da Stephenie Meyer e os direitos autorais são todos dela. Não podemos lançar um livro com a fanfic e não temos intenção nenhuma de fazer isso.

Sobre os capítulos : Os capítulos serão postados por semana, e qualquer imprevisto avisaremos nas redes sociais.

Abraços,
Anielle, Melissa e Dhayane.


Capítulo 16
Desastres
Narrado por Renesmee e Tyler


Clique aqui se quiser relembrar o último capítulo


Naquela madrugada, Jacob não dormiu no sofá. Ele tentou me convencer que a lenda que Alec havia contado não tinha nada a ver conosco e que iríamos descobrir o que estava acontecendo, mas eu não deveria ter pressa. Eu discordei, é claro. A lenda nos dava uma pista do que poderia estar acontecendo e eu não duvidava de nada quando a assunto girava em torno de vampiros e lobisomens.

Dormi mal, meu corpo parecia ter carregado pedras durante a festa e eu estava preocupada em não encostar em Jacob que estava roncando ao meu lado. Agora tudo o que me restava era acordar e tentar pensar em algo que pudesse nos ajudar.




- Bom dia. - Cumprimentei Billy que estava na cozinha enchendo uma xícara de café.

-Bom dia, minha querida. - Ele sorriu e eu o abracei. Havia várias coisas que Billy e Jacob tinham em comum e uma delas era o sorriso.

Billy me disse que iria passar o dia pescando com alguns amigos. Hoje era sábado e o dia estava surpreendente lindo na Reserva Quileute. Ele se despediu e me deixou sozinha. Preparei algum pão com presunto e queijo porque estava com fome e depois troquei meu pijama por um vestido fresco. Decidi usar um biquíni, caso a água da praia não estivesse muito gelada. 

Quando decidi sair de casa, Jacob apareceu. Ele não tinha se barbeado nesses dias corridos e agoniantes, então estava com uma aparência mais velha. Ele me perguntou onde eu estava indo e eu disse que ia dar uma volta. Ele não veio atrás de mim.




Andei pela Reserva e notei que alguns moradores me estranharam imediatamente. Eu era uma estranha e parecia que alguém tinha estampado a palavra turista na minha cara. Eu tentei ser o mais discreta possível, até que encontrei a irmã de Jacob, Rachel. Ela me lembrava Alice. Talvez porque quando entrei numa loja de conveniência ela gritou meu nome e acenou.

- Oi! - Eu a cumprimentei. Apesar de ela ser minha cunhada, nós nunca tínhamos parado para conversar e Jacob quase nunca falava das irmãs.

- Renesmee! - Ela sorriu. - Como você está?

- Bem e você?

- Paul me contou tudo depois da festa. Eu não sabia sobre você e Jacob. É uma pena que está acontecendo este tipo de coisa com vocês. Vocês tem alguma ideia do que está acontecendo? - Ela parou para respirar. - Acho que deveriam perguntar a alguém mais velho ou pedir a Sue que se comunique com Harry Clearwater. Ela disse que ele vem entrando em contato durante os sonhos dela.

Ela falava muito, acho que estava tentando ser minha amiga.

- É, talvez. - Respondi. Estava tentando absorver tudo que ela havia dito. - Harry Clearwater? Pai de Leah e Seth?

- Sim. Ele mesmo. Ele faleceu há alguns anos, antes de você nascer. Ele era o mais antigo ancião quileute e pode ajudá-los. O que você acha?

- Não sei, Rachel. Ele está morto.

- Ah, vocês deveriam tentar qualquer coisa. Eu tentaria pelo Paul, você não? - Parecia que ela estava me desafiando.

- Não estou dizendo que não vou tentar, mas acho que deveria conversar com Jacob sobre isso.

- Ele já sabe. - Ela disse. - Eu contei a ele por telefone quando ele ligou para dizer que estava vindo para casa. É bom ter o meu irmão em casa. Nós ficamos distantes depois da morte da minha mãe. Acho que ele fica chateado por eu e nossa outra irmã termos passado mais tempo com ela.

- Hm, Rachel. Eu não acho isso. Jacob não parece ser o tipo de homem que fica chateado por vocês terem memórias da mãe e ele não. É bobagem pensar assim.

- Se é isso que você acha... - Ela debochou. - Talvez você não conheça Jacob por completo. Vocês já conversaram sobre o passado dele? Sobre como ele se sentia antes de conhecer você? 

- Já. - Minha resposta foi curta para pensar em uma desculpa para fugir dali.

- Você quer um café? Acho que vou pedir um. 

- Não, obrigada. Na verdade, Rachel, eu tenho que ir. Eu... - Hesitei procurando algo importante para fazer. - Tenho que ir na biblioteca procurar um livro em especial. Te vejo mais tarde, tchau.




Me senti culpada por fugir da irmã de Jacob, mas cada palavra dela me deixava mais agoniada para descobrir seja lá o que fosse para acabar com esse não me toque de Jacob. 

Sentei na praia, olhando o horizonte e tentando me acalmar. Melissa sentou-se ao meu lado de repente e me encarou.

- Você está um horror. Parece que nem dormiu.

- Nossa, obrigada, Missy. - Eu ri.

- Não me contive ao ouvir a sua conversa e da irmã de Jacob. Eu também não gosto dela, aquela garota é um pé no saco. Acredita se eu disser que ela me perguntou se Seth fazia doação de sangue para mim?

Eu ri. Era o tipo de pergunta esperada vindo de pessoas como Rachel.

- Como estão indo as coisas?

- Mal. - Respondi. - Quer dizer, eu nem sei onde começar. É como se não houvesse respostas.

- Às vezes, precisamos parar de procurar as respostas e achar as perguntas primeiro. A primeira é porque Jacob só desenvolveu isto agora, sendo que nunca aconteceu antes. Alguma coisa deve ter mudado no relacionamento de vocês.

- Eu sei. Não consigo encontrar o que. Ainda o amo, Missy, mas ele parece distante. Não se preocupa mais comigo e todas as vezes que conversamos acabamos discutindo.

- Sobre o sequestro, você acha que ele está traumatizado?

- Eu tenho certeza que sim. Ele foi torturado. Li que algumas pessoas nunca se recuperam disso. Porém, Jacob é orgulhoso para admitir.

- Eu sei como é.

Melissa continuou sentada ao meu lado, em silêncio. Eu decidi dar um mergulho para, literalmente, esfriar a cabeça. A água estava gelada demais e eu fui para casa tremendo de frio.




- Rachel me contou que vocês duas conversaram hoje. - Jacob comentou depois que eu tomei um banho quente e estava preparando o nosso jantar. Bife, fritas, ketchup e arroz.

- Ahã. - Respondi. Eu não queria prolongar este assunto.

- Vocês duas são amigas? - Ele perguntou e eu me encolhi discretamente. - Ela me disse que vai te convidar para almoçar com ela amanhã.

- Não exatamente. Ainda é cedo para isto, Jake.

- O que é isto que você está preparando? - Ele chegou mais perto para ver. Ufa, ainda bem que Jacob se distraia com comida.

- Katchup caseiro, bifes suculentos e fritas. - Eu sorri e ele sorriu de volta. De repente, parecia que estávamos de volta a nossa casa em International Falls e tudo estava perfeito.




Hoje faz um mês que Jacob surtou pela primeira vez ao meu toque. Era estranho para mim dizer essas palavras, mesmo que fosse só na minha mente. Eu tinha diminuído o choro, me sentia mais parte da Reserva e não sabia por quanto tempo iríamos ficar aqui.

Jacob e eu tentamos várias coisas. A primeira delas foi tocar em Jacob como lobo. Admito que foi bem constrangedor. Ele e sua matilha se reuniram na floresta, num ponto onde ninguém conseguia nos ver, e eu tive que passar minha mão no Jacob lobo. O pelo dele era macio e parecia que dava choques na minha mão. Sam tentou nos estimular, porém tudo parecia uma loucura. Jacob gritava de dor quando eu o tocava, os lobos se contorciam em volta porque viam a mesma coisa que ele e eu me sentia culpada. Me senti mais culpada ainda quando tentei pensar em alguma coisa e tudo que me veio foi meus momentos íntimos com Jacob. Que droga!

Depois daquele dia, eu discuti com Jacob e disse que nunca mais iria tentar nada na frente de toda a matilha. Convenci a todos que eu e meu marido iríamos procurar as respostas sozinhos e ninguém iria vir conosco. Portanto, fomos de carro até Seattle. Paramos na biblioteca para procurar alguns livros e não encontramos nada relevante. Quem iria escrever alguma coisa sobre uma meia-vampira e um lobo? Argh!

Os nossos testes passaram a ser caseiros. Dia sim, dia não, eu e Jacob sentávamos no sofá e tentávamos canalizar nossos pensamentos em coisas boas. Eu pensava em tudo o que Jacob tinha trazido de bom para a minha vida e incentivava-o a fazer o mesmo. Não funcionava, é claro.

Até que em um dia chuvoso, eu estava em casa assistindo um filme no sofá e comendo pipocas doces e salgadas quando Jacob entrou sujo de graxa e me perguntou porque Rachel estava chorando por minha causa. Foi aí que nós dois explodimos.

- Ela não para de chorar no telefone, Renesmee. - Ele repetia como se eu não entendesse a mesma língua que ele e me pediu uma explicação.

- Eu... - Eu sabia o que havia feito com a chata da minha cunhada, mas não fazia ideia que ela iria ficar tão magoada assim.

- O que você fez? Pensei que vocês duas fossem amigas.

Ah, claro. Amigas. Acho que éramos o oposto disso. Rachel, desde aquele dia na loja de conveniência, tinha me convidado várias vezes para almoçar, jantar, ir a praia, ir a sorveteria, passar o dia aqui em casa... E em todas dela eu dei uma desculpa. Uma vez até cheguei a ir, dando uma chance para a coitada se redimir, mas ela fez uma pergunta que me irritou e eu dei a desculpa que estava passando mal e se ela não deixasse eu ir embora, iria vomitar na cara dela. “Você não ama Jacob o suficiente, não é? Olha, se quiser alguma ajuda para dizer isto a ele, pode contar comigo. Ninguém que ama outro alguém iria fazer mal.” As palavras dela batiam na minha cabeça o tempo todo e eu sabia que não era verdade. Quando cheguei em casa, acabei vomitando de verdade. Eu tinha sentido nojo dela. Por conta disso, passei a ignorá-la no celular e quase nunca atendia o telefone de casa de Billy. Como eu não saia muito para explorar a Reserva, não a encontrava. Mas como Rachel era o sinônimo da palavra inconveniente, ela teve que bater aqui em casa. Quando eu estava sozinha, é claro.

- Oi, Renesmee. Como você não atende as minhas ligações, eu vim até aqui. Eu trouxe um bolo. - Ela carregava uma travessa de bolo enorme cobrindo a sua barriga e quadril. - Eu posso entrar?

Sua cara de “me desculpa, eu sei que fiz merda” não me convenceu e eu fui bem sincera.

- Rachel, nós não somos amigas. Infelizmente, você é a irmã do meu marido. Mas nós não temos o mesmo sangue, você entendeu? Eu não quero sair com você, jantar com você e almoçar com você. Você me irrita e tudo o que você fala entra pelo meu ouvido e sai pelo outro. Entendeu? - Bati a porta na cara dela e fui sentar no sofá morrendo de raiva. 




- Como você teve coragem? - Jacob me perguntou quando eu relatei o que eu havia feito.

- Jacob, ela estava me irritando há tempos.

- NESSIE! - Ele gritando meu apelido era mais assustador do que o meu nome todo. - Rachel está grávida. Paul trabalha o dia inteiro. Ela só queria ser sua amiga...

Me desliguei de seu sermão e procurei alguma coisa na geladeira para comer. Estava quase vazia, então fui até Jacob, ele continuava falando, enfiei a mão nos seus bolsos para pegar algum dinheiro. Achei cem reais. Eu iria ao supermercado.

- Renesmee, onde você vai? - Ele me perseguiu. - Você não vai a lugar algum!

Ele me deu um puxão no braço e parecia que tinha levado um choque. Ele caiu no chão, violentamente, e eu dei um grito. Minha cabeça doia muito e eu desmaiei.




Acordei no quarto de Billy, na única cama de casal que havia na casa dele. Eu me sentia fraca e estava com fome. Me levantei e como a casa não era grande, me deparei com Rachel, Paul, Jacob e Billy sentados no sofá. Eles pararam de conversar quando eu cheguei e não me demorei olhando para eles. Fui para a cozinha pegar algo para comer antes que eu desmaiasse. A geladeira estava vazia, como antes.

- Eu trouxe o jantar. Está ali. - Rachel apontou para vasilhas na bancada da cozinha. Eu nem respondi a ela, apenas peguei a comida e comecei a comer. 

Ela me encarava. O que ela queria que eu fizesse? Graças a ela, eu tinha desmaiado, Jacob tombou no chão e nós discutimos. Nosso casamento já estava uma merda e ela ajudou a piorar.

- Renesmee... - Ela começou. - Me desculpa por irritá-la. 

- Desculpas aceitas. - Respondi. Eu nunca tinha comido um prato tão rápido na minha vida. Levantei e lavei o mesmo, ainda sentindo o olhar dela sobre as minhas costas.

Assim que acabei de lavar a louça, percebi que Rachel e Paul haviam ido embora e Jacob era quem estava na cozinha.

- Como você está se sentindo? - Jacob perguntou.

- Bem. - Menti. Acho que bati a cabeça quando eu desmaiei, pois sentia dor e ela estava latejando.

- Me desculpa pela discussão de hoje. Minha irmã estava bem magoada com você, mas parece que vocês já resolveram.

- Hm. - Respondi. Eu nem sabia o que dizer.

- O que eu quero dizer é que eu não tinha o direito de me intrometer. Rachel já era sensível antes de estar grávida e agora ela está se sentindo mal por tudo que está acontecendo comigo.

Eu queria discordar e dizer que as intenções da irmã dele não eram das melhores. Decidi ficar quieta e escutá-lo.

- Você vai me desculpar? - Ele perguntou. Sua voz era uma mistura de cachorro dengoso com alguém que sabia que estava ferrado.

- É claro. - Minha resposta foi meio seca, mas mesmo assim ganhei um tapinha nas costas.




No momento que acabei de secar a louça, caminhei até o quarto devagarzinho sem querer acordar Jake. Peguei meu celular e o mesmo estava sem bateria, portanto peguei o celular de Jacob e fui até a sala.

Disquei o número que eu tinha decorado desde sempre e depois iria apagá-lo para que Jacob não visse. Eu não queria magóa-lo, porém meu coração estava em pedaços e eu precisava fazer alguma coisa antes que o nosso, o meu casamento acabasse de maneira trágica.

- Mãe? - Chamei quando ela atendeu. - Eu quero voltar para casa.



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